quinta-feira, 2 de julho de 2009

Politica de silêncios

A poucos meses das eleições, que sabemos nós do programa do PSD? Nada. Ele só estará pronto em final de Julho. Quer isso dizer que será discutido em Agosto? Sim e não. Sim, porque estando pronto será possível falar sobre ele. Não, porque sendo Agosto um mês de férias ninguém estará interessado nessa discussão. Restam, então, uns poucos dias de Setembro. Que ministros tem o PSD na calha, se ganhar? Ninguém diz. Ninguém diz porque interessa que o seu tempo de exposição ao erro e à crítica seja curto. É isso que garante este segredo: um estado de desconhecimento mais ou menos generalizado. As oposições dizem o menos possível sobre o que pretendem fazer. E é neste quadro que os eleitores votarão. Sujeitos a segredos que não serão desvendados. Infelizmente, muitos votarão por clubismo. Outros farão uma opção por quem agora esteja na oposição, por não estarem satisfeitos com o Governo. E alguns, possivelmente uma minoria, abster-se-ão por desinteresse, por os partidos não lhes darem meios que lhes permitam fazer opções, por desencanto. Educação, Justiça, Emprego, Saúde e Segurança. Eis cinco áreas vitais. Por que é que os partidos não nos dizem tintim por tintim o que vão fazer? Por que é que não dizem que personalidade escolhem para gerir os destinos dessas pastas? Não seria mais fácil para todos escolher? Em Portugal, convencionou-se que gerir o silêncio é uma arte só ao alcance de alguns. O facto é que vivemos num tempo em que precisamos de saber o que os políticos pensam e o que querem para o país. (excerto de opinião de J.L.Pereira im JN) Na ausência de programa, do PSD só se sabe que quer rasgar, repudiar e romper. Só se sabe que quer que se pare, se reavalie, se reequacione, e no fim... nada fazer. Foi o que fizeram com o Alqueva e o regadio da Cova da Beira. São décadas de indecisão. São décadas de prejuizo. São décadas de atrazo. O País não pode parar. O País tem que se modernizar. O País tem que criar as infraestruras estruturantes capazes de o projectar para os desafios do futuro. As gerações vindouras não nos perdoarão que hipotequemos o seu futuro, não fazendo nada.

Ate amanha gente boa de verdade

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