quarta-feira, 8 de julho de 2009

O dia da minha cidade


Os feriados municipais são uma invenção da República, que por decreto e logo em 1910 deram aos municípios a possibilidade de escolherem um dia do ano que representasse as suas festas tradicionais do município. Se a ideia era boa, a sua aplicação já não o foi tanto, pois o espírito laico da república que se tentava impor, deixava de certa maneira à margem as festas religiosas e tentava impor datas republicanas, como aconteceu com o 31 de Janeiro ou em Lisboa, quando se tentou impor o 10 de Junho como feriado municipal, contrariando a tradição dos festejos do Santo António, mas não vingou, pois Lisboa continua a ter o seu feriado municipal em 13 de Junho associado ao Stº António. Tal como no Porto e na maioria das cidades e vilas de Portugal, a tradição da festa religiosa é que acabou por se impor, deixando de parte o espírito laico da república. Em quase todo o nosso Portugal foi assim, mas em Chaves, não.

Em Chaves a família republicana, pelos vistos também laica, impôs uma data republicana para o feriado municipal e desprezou a festa religiosa que o povo tinha como tradição, pois de tantas datas possíveis, escolheu a data de 8 de Julho, em comemoração do 8 de Julho de 1912, em que o realista Paiva Couceiro, tentou entrar em Portugal por Chaves, do qual resultaram confrontos entre a população e os (meia dúzia) Couceiros realistas.

As festas da cidade de Chaves, são uma mentira, que nem sequer conseguem trazer a Chaves um único flaviense ausente à festa da terrinha. Chamem-lhe comemorações do feriado municipal, mas por favor, não chamem festa a meia dúzia de pobres acontecimentos onde a festa não acontece, pois não passam de banais entretenimentos próprios de uma normal e até pobre, animação de verão...

Ate amanha gente boa

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