
É pois tempo de balanço.
Mas o que está em causa, não é apenas a resposta à actual conjuntura de crise mundial.
É também a avaliação do conjunto das politicas do governo e a sua contribuição para o desenvolvimento do país.
E que fique claro, houve desde sempre uma linha de rumo.
Uma linha de rumo que visa modernizar a economia e melhorar as qualificações.
Modernizar a economia.
Melhorar as qualificações.
Esta foi sempre a principal aposta.
Portugal não pode recuperar o seu atrazo, enfrentar os novos desafios da economia global e aumentar a competitividade da economia sem uma aposta forte na modernização tecnológica e no capital humano.
Foi isso que fez, a pensar no futuro.
Enfrentaram-se as causas estruturais do deficit externo e do endividamento do país.
Por isso investiu-se, como nunca foi feito, nas energias renováveis, reduzindo a nossa dependência do exterior e a nossa dependência do petróleo.
Apoiou-se o reforço e a diversificação das exportações que ganharam valor acrescentado e são hoje a base para um crescimento sustentado da economia portuguesa.
Há quem nada mais tenha a propôr aos portugueses do que seja parar, desistir, adiar ou suspender.
Nós conhecemos bem esse discurso.
É o tristemente célebre discurso da tanga.
No fim de contas, depois de muito procurar, é isto que a direita portuguesa tem para oferecer aos portugueses.
O mesmo discurso e os mesmos protagonistas.
A mesma descrença e o mesmo pessimismo e, sobretudo, o mesmo medo.
Medo do presente, medo do futuro, medo do progresso.
O mesmo olhar sobre o país com os olhos do passado.
E a verdade, caros amigos, é que estar à altura das nossas responsabilidades para com as gerações futuras é fazer agora o que tem de ser feito.
É enfrentar com determinação os nossos bloqueios estruturais.
É concretizar com coragem as reformas que são necessárias.
É não adiar os investimentos que portugal precisa.
É acelerar as dinâmicas de qualificação e de modernização do país.
Foi esse o compromisso e foi, sempre esse, o caminho.
E por isso lançou-se também o plano tecnológico.
Um milhão e duzentos mil computadores com ligação à internet de banda larga.
Foram disponibilizados em condições acessíveis às crianças, aos jovens, aos professores e aos adultos em formação profissional.
Em 2007 e 2008 o saldo da balança tecnológica portuguesa foi pela primeira vez positivo, quer dizer, nesses dois anos exportámos mais do que importámos em termos de meios tecnológicos.
O plano tecnológica é isto mesmo.
Maior capacidade de utilização das tecnonogias de informação.
Mais empresas e produtos tecnológicos.
Mais simplificação e modernização na administração pública.
Mais investimento em ciência e tecnologia.
Sabemos que nada disto impressiona e comove os que quando estiveram no governo decidiram acabar com os incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento empresarial.
Mas este governo escolheu o caminho contrário.
O investimento em ciência e tecnologia superou pela primeira vez 1% do PIB.
Os incentivos fiscais às empresas tornaram-se dos mais competitivos da europa e o investimento privado em ciência e tecnologia superou finalmente o investimento público.
A visão de um país moderno e preparado para vencer os desafios do futuro é indissociável da aposta na qualificação dos portugueses.
Este é o melhor investimento que o país pode e deve fazer.
Neste dominio encontrámos um país que parecia resignado.
Resignado às desigualdades no acesso à educação.
Resignado ao abandono e ao insucesso escolar.
Resignado ao desinvestimento no ensino profissional.
Resignado às baixas qualificações da população activa.
Resignado à irracionalidade e à degradação do parque escolar.
Em suma.
Um país que parecia resignado a ficar para trás exactamente onde se joga o futuro, que é na educação pública de um país.
Pois o compromisso foi claro, o compromisso era não nos resignarmos a esse estado de coisas.
E a verdade é que hoje, apesar do muito que ainda falta fazer, podemos dizer que temos em portugal mais alunos a estudar, quer seja no secundário, quer seja no ensino superior, com menos insucesso e com menos abandono.
A oferta de cursos profissionais atingiu finalmente os 50% da oferta no ensino secundário.
Temos mais apoios e mais beneficiários da acção social escolar, para ajudar as famílias e para promover a igualdade de oportunidades.
Temos mais investimento na qualificação e na modernização tecnológica das escolas e temos mais de 800 mil portugueses que estão inscritos nas novas oportunidades dispostos a melhorarem as suas qualificações.
A resignação afinal não estava nos portugueses, nem era uma fatalidade incontornável do país.
A resignação estava sim, nas politicas do passado que prejudicaram gerações de portugueses e que ameaçavam para sempre o destino do país e o destino das gerações futuras.
Bem sei que há quem não se conforme.
Se os resultados melhoraram um pouco, é irrealismo do governo estar a valorizá-los.
Se indicam melhorias claras, então aqui d'el rei, que é um escândalo, que é só estatística.
Mas os factos são o que são.
E aqueles que se recusam a reconhecer, como um dado positivo, haver em portugal mais gente a estudar, durante mais tempo e com mais apoios sociais, só revelam a sua incapacidade para aceitar que o país é capaz de progredir e que o está a fazer todos os dias apesar da sua resistência, apesar da sua descrença e apesar da sua cegueira partidária.
Modernizar e qualificar.
Muito tem sido feito.
Muito mais haverá para fazer.
O tempo não é de dizer mal, é de tentar fazer bem.
Reconhecer o bem feito é prova de seriedade.
Só reparar no que falta fazer, ou foi menos bem feito, é oportunismo.
O País precisa de todos.
"Não perguntemos o que o País pode fazer por nós".
Mas, com coragem e determinação.
"Façamos o que de melhor pudermos fazer pelo nosso País".
Ate amanha gente boa na linha da frente
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