domingo, 12 de abril de 2009

Uma pascoa feliz para o Humanidade


A comemoração da Páscoa é uma das festividades mais importantes e cheias de significado entre as diversas culturas de todo o mundo. Sua origem remonta a muitos séculos atrás.
A Páscoa é a festa mais importante do mundo cristão.
A celebração da morte e ressurreição de Jesus é sem duvida mais marcante do que o seu próprio nascimento. É a data em que o maior número de fieis vão às igrejas e participam em cerimónias religiosas.
A palavra Páscoa tem origem do hebraico “Pessach” que significa “Passagem”. O nome Pessach está associado à festa que celebra e recorda a libertação do povo judeu na passagem do Egipto para a Terra Prometida através do mar vermelho conduzido por Moisés. Também está associado à ressurreição de Cristo, ou seja, “à passagem da morte para a vida”.
Digamos que a Páscoa cristã tem origem na Páscoa judaica, mas têm um significado diferente. Enquanto para o judaísmo representa a libertação do povo de Israel no Egipto, no cristianismo representa a morte e ressurreição de Cristo.
Segundo alguns historiadores, a Páscoa já muito antes de ser considerada a festa da ressurreição, era a festa que anunciava a chegada da Primavera, representando a passagem de um tempo de trevas para um tempo de luz.
Mas se voltarmos à Idade Média, os povos europeus nesta época do ano, homenageavam Esther, divindade ligada à natureza e à fertilidade, que em inglês “Easter” significa Páscoa.
Esther é a deusa da Primavera que segura um ovo na sua mão, observando um coelho que pula alegremente em redor de seus pés. A deusa e o ovo que segura, são símbolos da chegada duma vida nova.
Estes povos antigos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos. A importância dada ao ovo tem a ver com a sua simbologia. O ovo contem o fruto da vida, representa o nascimento.
Gregos, fenícios, tibetanos, vietnamitas, japoneses, siberianos e indonésios entre outros, têm em comum a lenda de que o mundo surgiu de um ovo cósmico, semelhante ao de uma galinha. Esse ovo dividiu-se formando o céu e a terra. A gema representava o globo terrestre, a clara a atmosfera, e a casca equivaleria à esfera celeste e aos astros.
A história do Hawai conta o mito de que esta ilha foi originada a partir de um ovo posto nas águas por um pássaro gigante.
Na Índia acredita-se que foi uma gansa que chocou um ovo cósmico na superfície de águas primordiais, e este se dividiu em duas partes originando o céu e a terra. O céu seria a parte mais leve e pura do ovo “a clara”, e a terra seria a parte mais densa do ovo “a gema”.
Na Austrália reza a lenda que a terra encontrava-se na escuridão absoluta, até que um homem lançou um ovo no espaço e o transformou em sol.
Existem documentos muito antigos onde se pode ler que o primeiro homem adveio de um ovo.
Assim se destaca na história, a simbologia do ovo. Do ovo nasceu o mundo; a terra, os seres, o sol e a lua.
Desde então, associou-se o ovo à Páscoa, e adoptou-se o costume de presentear as pessoas na época da Páscoa com um ovo. Um ovo gera uma vida, a vida é o dom mais precioso que Deus nos dá.
Mas centenas de anos antes da era cristã, já se trocavam ovos em celebração à chegada da Primavera.
Por essa altura os chineses tiveram a ideia de embelezar os ovos. Com um trabalho minucioso e paciente, embrulhavam os ovos em cascas de cebola e cozinhavam-nos com beterrabas para que ficassem com desenhos na casca. Este costume rápidamente se espalhou e foi então que os egípcios começaram a pintar e a desenhar os ovos que ofereciam na Páscoa para comemorarem esta estação do ano.
Mais tarde, os europeus começaram a escrever mensagens e datas nos ovos e os cristãos decoravam ovos ocos com retratos de Jesus e outras imagens religiosas. Estes ovos não serviam para comer, eram apenas para presentear e homenagear a Páscoa.
Na Inglaterra, no século X os ovos ficaram muito sofisticados quando o Rei resolveu presentear a realeza com ovos banhados a ouro e decorados com pedras preciosas para festejar a Páscoa.
Só no século XVIII, os franceses tiveram a ideia de fazer ovos com chocolate; ou melhor, com “Theobroma”, pois é este o nome dado pelos gregos ao “Alimento dos Deuses”, o chocolate.
Foi com os maias e os astecas que a história do chocolate começou. O chocolate tal como o ouro era considerado sagrado para estas civilizações. O chocolate era consumido apenas como uma bebida e acreditava-se que dava poder e vigor, por isso era reservado aos governantes e aos soldados. O chocolate foi considerado, um afrodisíaco, um pecado, um remédio e um alimento sagrado. Os astecas chegaram a usá-lo como moeda de troca, tal era o seu valor.
Com o início do desenvolvimento da indústria do chocolate, começaram a aparecer os modernos ovos de chocolate por entre os anos 1920 e 1930. Em 1992 foi criado o maior e mais pesado ovo de chocolate que até hoje a história regista. Tinha 7 metros de altura e pesava 4 toneladas e meia, e foi construído numa cidade na Austrália. Hoje em dia os ovos de chocolate são famosos em todo o mundo.
Ao ovo juntou-se a figura do coelho. Conta a lenda que uma mulher pobre coloriu ovos e escondeu-os num ninho para dá-los aos seus filhos no dia de Páscoa. Quando as crianças os descobriram passou um grande coelho a correr, espalhando-se a história de que o coelho é que tinha trazido os ovos.
Ainda hoje na Alemanha, há o hábito de esconder os ovos no jardim, para que os filhos possam divertir-se a descobri-los. Nos Estados Unidos os ovos são escondidos em lugares públicos convidando as crianças a celebrar uma festa em comunidade.
No Brasil as crianças montam cestinhos de papel esperando que o coelho os encha com ovos durante a madrugada.
A festa tradicional e popular associa a imagem do coelho ao símbolo da fertilidade, pois são animais com uma capacidade notável de reprodução.
Já no Antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento, por gerar grandes ninhadas e por ser um dos primeiros animais a sair das tocas quando chega a Primavera, dando a ideia de renovação da vida, que parece estar morta durante o Inverno.
Outras lendas existem relacionadas com a Páscoa.
Na Alemanha conta-se que no domingo de Páscoa o sol dança, em celebração à ressurreição de Cristo. Ainda hoje há o culto de ver o sol nascer nesse dia. Em outros países europeus, ainda há a crença de que comer ovos no domingo de Páscoa, traz saúde e sorte para o resto do ano.
A Páscoa é assim um resultado de crenças e hábitos que o homem adotou, consoante a época e a religião.
O que parece inalterável é que é um momento de festa e alegria em comunhão com a família.
E depois de falar tanto em ovos, ainda não lhe deu a vontade de comer um?
Só se for de chocolate!
É gostoso, altamente nutritivo e energético.
Feliz Páscoa.
Ate amanha gente boa da terra dos sonhos

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