Eu, na expressão de quem sou e do que sou, não peço que me amem, que gostem de mim ou até que me aceitem. Prefiro antes oferecer aceitação pelos que não me amam e amor pelos que não me aceitam. Prefiro caminhar pelos caminhos da vida, se não o puder fazer na companhia dos que me querem e aceitam, percorro só esse caminho pedindo a Deus que me acompanhe e me guie na dor, na paz, na alegria, na tristeza, quando choro ou quando sorrio. Há quem acredite e defenda que todos nós já fomos macacos em tempos muito remotos, não me custa acreditar nisso, como não me custa acreditar quando na missa o padre afirma que somos ovelhas de um rebanho. Por mim posso até ser uma ovelha, posso até ter descendido de outra qualquer espécie já extinta ou em vias de extinção, porque, independentemente daquilo que terei sido, eu recuso é ser uma ovelha que pertence a um qualquer rebanho controlado pelo medo, pela repressão, pela intolerância e pela diferença. Caminho pelo caminho da vida, com muitas dúvidas e incertezas, contudo do que não tenho dúvida nenhuma é da consciência de quem sou. É por isso que peço a Deus que me traga sempre a Primavera e me deixe a cada momento desfrutar da magia, da beleza e do amor que paira no ar nessa estação. Peço a Deus que me traga o Verão e com ele o calor, para que a natureza me compense com o calor dessa estação a falta de calor sentida pelo ser humano. Peço a Deus que me traga o Outono, para que de novo possa ver a cor das árvores em tons acinzentados e observar a caída das folhas que nos indica a transição para o Inverno. E quando chega o Inverno, agradeço a Deus por me ter deixado ver tal variação de cores, onde, de todas, a que mais me compensa pelas atrocidades cometidas é a pureza do branco da neve fria, que nos arrepia e nos desperta a consciência de que ainda estamos vivos.
Amanha gente boa "ai senhor que frio...
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