sábado, 22 de novembro de 2008

Somos vistos pelo que fazemos, não pelo que parecemos









Vivemos num tempo em que a moda é parecer ao invés de ser. Os modismos estão por aí em todos os sítios. E navega-se um pouco à espera que surja uma nova moda para que entremos nela.

Se a moda vigente é dizer palavrões, então temos todos que dizer palavrões, é de bom tom, senão ainda nos vão considerar cotas, velhos e antiquados; mas se a moda é o snobismo, há que ser snobe e, como tal, temos que, custe o que custar, pertencer ao grupo dos tios e das tias, senão não entramos na roda dos mais in; mas se a moda é o espalhafato, porque não ser espalhafatoso? Temos é que acompanhar a moda, que diabo!

Vive-se num tempo em que o que importa é parecer. Parecer bem nas artes, na música (que também é uma arte), na discussão de todos os assuntos, na política, etc. E, sobretudo, parecer aquilo que não somos. Temos é que parecer qualquer coisa, de preferência parecer melhor do que o outro, pelo menos aos nossos próprios olhos.

A realidade, a verdadeira realidade é crua e complicada.
Por aqui. Té amanha

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